Descoberta pela primeira vez em 1958, a varíola dos macacos teve seu primeiro caso de infecção apenas na década de 70, em uma criança na República Democrática do Congo.
Ainda que a varíola que conhecemos tenha sido erradicada em meados de 1980, a varíola dos macacos seguiu acometendo vítimas, mas se mantendo restrita a alguns países na África Central e Ocidental e, portanto, sendo considerada até recentemente como uma doença endêmica em partes da África. Durante os últimos anos, houve uma crescente no número de casos, bem como na taxa de mortalidade da doença.
Todavia, o que chamou atenção de pesquisadores foi a ocorrência mais recente de casos registrados fora do continente africano. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), foram confirmados cerca de 20.400 casos em 71 países diferentes.
Espalhando-se de forma inesperada por outros 4 continentes, o surto tem chamado a atenção de todos. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado na cidade de São Paulo — O paciente, que foi colocado em isolamento, foi um homem de 41 anos que tinha acabado de voltar de uma viagem à Espanha. — Atualmente foram notificados ao todo 978 casos em todo o território nacional.
De acordo com o Ministério da Saúde, até a data desta publicação, São Paulo tem um total de 744 de casos confirmados, em seguida temos o Rio de Janeiro com 117 ocorrências da doença, Minas Gerais (44), Ceará (4), Paraná (19), Rio Grande do Sul (3), Goiás (13), Bahia (5), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Mato Grosso do Sul (1), Santa Catarina (4), Tocantins (1), Mato Grosso (1), Acre (1), Distrito Federal (15) e Rio Grande do Norte (2).
Suas diferenças
A varíola dos macacos pode ser causada por dois grupos diferentes de vírus: O da África Ocidental e o da Central (da Bacia do Congo). As infecções em humanos com vírus da parte ocidental parecem menos graves e apresentam uma taxa de mortalidade menor, em comparação com o grupo viral oriundo da África Central.
Como a varíola dos macacos é transmitida?
Quanto às formas de transmissão, de pessoa para pessoa, o contágio pode acontecer através do contato direto com fluidos corporais (sangue; secreções respiratórias; pus; beijo ou contato com feridas causadas pela doença) ou contato com materiais contaminados como roupas ou lençóis.
Sintomas da varíola dos macacos
Dentre os primeiros sintomas temos a febre, dores musculares, dor de cabeça, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. E entre o ciclo do primeiro e o terceiro dia após o início dos sintomas, os infectados podem desenvolver lesões de pele, geralmente na boca, pés, rosto e ou regiões genitais.
Prevenção e tratamento
Para ajudar na prevenção, é importante evitar o contato próximo com pessoas infectadas até que todas as feridas tenham cicatrizado por completo, bem como todo e qualquer material que tenha sido usado pelo paciente. Também é de grande importância continuar a higienizar as mãos com água e sabão e/ou álcool gel, após contato com superfícies públicas ou pessoas infectadas.
Não existem tratamentos específicos, apenas em quadros clínicos leves, faz-se necessário o cuidado e a observação das lesões, de acordo com as diretrizes de órgãos como a OMS (Organização Mundial da Saúde) ou a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde). O risco de agravamento acontece, em geral, em pacientes imunossuprimidos com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos. Nesses casos, cada quadro deve ser acompanhado de perto pelo médico/infectologista.
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