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Publicado em: 19 de fevereiro de 2020


Prevenção: 6 tipos de ISTs para ficar de olho no Carnaval e o ano inteiro

Nos últimos anos, o Brasil vem registrando um grande aumento de casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), principalmente entre os jovens de 15 a 29 anos. Os diagnósticos de sífilis, por exemplo, cresceram de maneira preocupante, aumentando de 34,1 casos a cada 100 mil habitantes em 2015 para 75,8 em 2018. Sem falar no aumento de infecções por HIV entre a população abaixo dos 35 anos.

Para tentar impedir que haja uma crescente ainda maior durante o Carnaval, o Ministério da Saúde resolveu distribuir, este ano, 128,6 milhões de preservativos em postos espalhados por todo Brasil. “Precisamos cada vez mais estimular o uso do preservativo durante o Carnaval para prevenir a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do HIV, uma vez que muitas dessas infecções possuem fase assintomática e a pessoa nem sabe que tem e, quando apresenta sintomas, como lesões na região genital, elas podem facilitar a infecção pelo HIV”, relatou o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Gerson Pereira.

Especialistas atribuem este aumento à diminuição do temor em relação às epidemias de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) pelos mais jovens, que acabaram se tornando menos preocupados com os métodos de prevenção. Por isso, conhecer mais sobre o assunto é essencial para entender como se prevenir.

Conheça então algumas das ISTs mais comuns para ficar atento durante o Carnaval e o ano todo:

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1 – HIV

De acordo com o Ministério da Saúde, existe uma certa estabilidade nos números de infecção por HIV no Brasil, cerca de 40 mil novos casos anualmente, em média. No entanto, há uma crescente entre os jovens, principalmente entre as faixas etárias de 15 a 29 anos.

A transmissão do HIV acontece através do contato sexual ou sangue infectado. A doença ainda não possui uma cura, mas medicamentos responsáveis por controlar a ação do vírus no corpo humano. Atualmente, o Brasil possui cerca de 900 mil portadores do HIV, sendo que aproximadamente 132 mil ainda não sabem que têm o vírus.

A importância da testagem após a exposição a uma situação de risco é necessária. Para isso, o SUS oferece de maneira gratuita um teste rápido de detecção do HIV, com o resultado pronto em torno de 30 minutos. O SUS também realiza a distribuição gratuita de remédios, além do PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), novo método de prevenção à infecção pelo HIV e o PEP (Profilaxia Pós-Exposição de Risco) em casos de pessoas em condições de vulnerabilidade ao vírus.

Vale lembrar que a PrEp, por exemplo, não é para todas as pessoas, o medicamento segue apenas destinado a grupos considerados pelo Ministério Público como de risco: homens que praticam sexo com outros homens (HSH); pessoas trans; trabalhadores/as do sexo e parcerias sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não). Todavia, a camisinha segue sendo o principal método de prevenção ao HIV e outras ISTs.

2 – Sífilis

A sífilis também teve um crescimento nos últimos anos. Entre 2010 e 2018, os diagnósticos aumentaram em 3.600% no Brasil. Transmitida também por contato sexual, ou de forma congênita (da mãe para o bebê), a sífilis pode exercer um período de incubação, sem apresentar sintomas, por até 40 dias. Após isso, feridas nos genitais ou manchas no corpo podem surgir.

O tratamento contra sífilis ajuda a retrair os sintomas e é essencial para o controle da doença. Vale dizer que depois de um tempo sem tratamento, os sintomas podem até desaparecer por um período, não porque o vírus se foi, mas devido ao período de latência estabelecido, quando ele se espalha pelo corpo e “retorna” depois com força total.

Se não tratada, a longo prazo, a sífilis pode causar sérios danos neurológicos e cardiovasculares, além de cegueira e até mesmo a morte.

3 – Tricomoníase

A tricomoníase é mais comum entre as mulheres, com uma estimativa de 156 milhões de infecções no mundo em 2016, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ela é causada por um protozoário, sendo um parasita presente em vaginas e uretras, ambientes propícios para a sua sobrevivência. A transmissão se dá unicamente por contato sexual e não costuma apresentar sintomas, sendo detectada através de exames de urina ou análises de secreções uretrais e vaginais.

Quando não há um tratamento em andamento, a infecção ocasiona uretrites e vaginites, além de complicações na gestação. Além disso, a tricomoníase facilita a transmissão de outras ISTs mais graves.

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4 – Clamídia

A clamídia chegou a ser classificada pela OMS como a segunda doença sexualmente transmissível mais comum. Só em 2016, tivemos 126 milhões de novas infecções por clamídia no mundo.

No geral, somente um em cada cinco casos manifestam sintomas: corrimento claro ou amarelado, além de dor ao urinar e durante o ato sexual. Algumas mulheres chegam a apresentar sangramento, enquanto os homens reclamam de ardência, desconforto e corrimento nos testículos.

Se não for tratada, a clamídia pode ocasionar dores crônicas e complicações na gravidez ou mesmo a infertilidade em ambos os sexos.

5 – HPV (Papiloma vírus Humano)

A transmissão do vírus acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada provocando verrugas na região genital e câncer, a depender do tipo de vírus.
A vacina é a medida de prevenção mais eficaz. Disponível no SUS gratuitamente para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; portadores do HIV e pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.

Indivíduos de outras idades também podem procurar ajuda médica para o encaminhamento do exame em laboratórios especializados (neste caso é pago por dose). Vale lembrar que a vacina perde grande parte de seu poder de imunização, caso a pessoa já tenha tido algum contato com o vírus.

6 – Gonorreia

A infecção pela gonorreia se dá através do ato sexual. Ela se instala facilmente na uretra humana após o contágio, podendo acometer também outros órgãos. Nos casos de sexo anal ou oral, a IST também prejudica o reto e a garganta, originando dores e secreção de pus nessas regiões. Mesmo os olhos também podem sofrer com ela na forma de conjuntivite.

Sem um tratamento efetivo, a gonorreia pode provocar infertilidade tanto em homens quanto em mulheres, além de graves inflamações pelo corpo, até mesmo no coração.

Na dúvida, faça o teste!

Somente um diagnóstico médico pode assegurar se a pessoa tem de fato alguma IST. Ou seja, na dúvida, faça o teste! Existem testes rápidos para HIV/Aids; sífilis e hepatites virais. E caso o resultado dê positivo, não se desespere, apenas procure um tratamento médico o mais rápido que puder e siga todas as recomendações necessárias. E lembre-se, prevenir é sempre o melhor remédio!

 

Fonte: Ministério da Saúde / OMS

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