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Publicado em: 11 de outubro de 2019


Câncer de mama: sintomas, tratamento e prevenção

O câncer de mama é um dos principais tipos de câncer que podem atingir a mulher, e acontece devido à multiplicação de células anormais no tecido mamário, formando um tumor maligno, inicialmente imperceptível, que pode aumentar e atingir outros locais do corpo.

Apesar de, nas fases iniciais, o câncer de mama não causar sintomas, o principal sinal que pode indicar a presença do tumor é a palpação de um nódulo endurecido, além de sintomas como dor, vermelhidão ou saída de secreção pelos mamilos, por exemplo. O câncer de mama pode ter cura, entretanto isso varia de acordo com o tipo e com o estágio em que se encontra, por isso, é muito importante a realização da prevenção através do auto-exame e da mamografia.

Geralmente, o tratamento varia de acordo com a extensão do tumor, e costuma ser feito com tratamentos com cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia, imunoterapia, além de medicamentos para aliviar sintomas que podem surgir, como enjoo ou dor.

Principais sintomas do câncer de mama

Nas fases mais iniciais, o câncer de mama pode não provocar sintomas. À medida que cresce e as células tumorais se multiplicam, alguns sintomas que podem surgir são:

  • Aparecimento de um nódulo duro na mama ou próximo da axila, que pode ser percebido através do toque e do auto-exame da mama;
  • Saída de liquido pelo mamilo quando pressionado, podendo ser sangue;
  • Tamanho ou formato diferente das mamas, que antes não existia;
  • Ter a mama inchada, vermelha e quente ou alguma coceira;
  • Ferida na mama que não cicatriza e tem mau cheiro.

Além disso, podem surgir nódulos na axila, já que os gânglios linfáticos destas duas regiões se comunicam.

Como confirmar

O autoexame da mama e a mamografia pode levantar a suspeita do câncer de mama, entretanto, a confirmação é feito após consulta com o mastologista, que irá fazer uma avaliação mais detalhada do nódulo e do exame e, se necessário, solicitar exames que podem ser mais específicos, como ultrassom, ressonância magnética ou, se a suspeita persistir, uma biópsia do nódulo mamário.

Exames de sangue também são feitos para identificar inflamação ou marcadores tumorais.  Além disso, os testes genéticos podem ser feitos em alguns casos para avaliar se o câncer é causado por mutações genéticas ou para identificar se há risco deste câncer quando existem familiares próximos como pai, mãe, avós, tios ou irmãos diagnosticados com a doença.

Quais são os tipos de câncer de mama

Existem vários tipos diferentes de câncer de mama, a depender do seu desenvolvimento, sendo que alguns são mais agressivos que outros. Os principais são:

  • Carcinoma ductal in situ – conhecido por CDIS;
  • Carcinoma lobular in situ – conhecido por CLIS;
  • Carcinoma ductal invasivo conhecido por CDI, que é cerca de 80% dos cânceres da mama invasores ou invasivos;
  • Carcinoma lobular invasivo conhecido por CLI;
  • Carcinoma inflamatório da mama é um câncer agressivo, mas muito raro.

Além destes tipos de câncer de mama, também existem outros que são ainda mais raros, como o carcinoma medular, o carcinoma mucinoso, carcinoma tubular e o tumor filoide maligno.

Quais são os fatores de risco

Alguns dos fatores que aumentam o risco para desenvolver o câncer de mama são:

  • Ter mais de 50 anos;
  • Já ter tido um câncer de mama anteriormente;
  • Ter alguém na família com câncer de mama, como mãe, irmã ou filha;
  • História familiar de câncer de mama em homens;
  • Alteração genética deste tipo de câncer, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2;
  • Ter entrado na menopausa depois dos 55 anos;
  • Obesidade e sobrepeso;
  • Sedentarismo;
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a Raios-X ou outros formas de radiação;

No entanto, qualquer mulher pode ter este tipo de câncer. Para saber mais detalhes sobre alguns destes fatores e como evitar, confira quem tem mais risco de ter câncer de mama.

Como é feito o tratamento

O tratamento para câncer de mama depende varia com a gravidade e do estágio do câncer e, por isso, o médico oncologista poderá optar por um ou pela combinação de vários tratamentos. Ele é disponível através do SUS, nos centros de oncologia da cidade, assim como pode ser feito de forma particular.

Geralmente, são utilizadas intervenções com quimioterapia, radioterapia e cirurgia para a retirada do tumor, e a ordem do tratamento depende das condições em que o tumor foi diagnosticado. A cirurgia também é variável, podendo-se retirar toda a mama ou parte dela, podendo ser necessária a remoção dos nódulos linfáticos da axila, se estes tiverem sido atingidos.

Após a cirurgia, em alguns casos, o tratamento pode ser continuado, como forma de tentar eliminar ou evitar a progressão da doença, o que também depende das características e gravidade do tumor.

Câncer de mama no homem

O câncer de mama também pode surgir no homem, embora seja muito raro, sendo que os sintomas são semelhantes ao câncer de mama nas mulheres e há maiores chances de cura, quando é descoberto precocemente.

Existem vários tipos de câncer da mama, como carcinoma ductal in situ ou carcinoma ductal invasivo por exemplo e, normalmente, o tratamento inclui quimioterapia, radioterapia ou mesmo cirurgia para remover o tumor Saiba mais sobre a prevenção do câncer no homem.

Como prevenir o câncer de mama

A prevenção do câncer de mama é feita ao se adotar um estilo de vida saudável, diminuindo assim os fatores de risco. Por isso, é orientado ter uma alimentação saudável, com frutas, legumes e verduras, a prática de exercícios físicos regulares, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e eliminar o cigarro.

Entretanto, para prevenir de maneira eficaz este câncer, é necessário que mulheres acima dos 50 anos realizem de forma regular a mamografia. Idealmente, a mamografia deve ser feita a cada 2 anos, entre os 50 e os 69 anos de idade, especialmente se a mulher não tiver qualquer fator de risco ou alteração na mama. Já mulheres com mais de 35 anos e fatores de risco, devem se consultar com um médico para o acompanhamento contínuo e verificar o melhor período para a a realização do exame, que geralmente é feito a cada ano.

Além disso, também é importante a realização do autoexame da mama mensal, 3 a 5 dias após o término da menstruação. A importância do autoexame é sempre relembrada nas campanhas anuais do governo, conhecidas como outubro rosa.

Desodorante pode causar câncer de mama?

Aparentemente os desodorantes antitranspirantes não aumentam o risco de desenvolver câncer de mama, pois não existem estudos que confirmem que as substâncias usadas para produzir estes produtos causem câncer, ao contrário de alguns fatores já comprovados. Estes produtos têm efeito apenas nas glândulas que produzem suor, não afetando as células mamárias.

Doutora Sheila Sediciais – Ginecologista

Fonte: Tua Saúde

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