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Publicado em: 27 de janeiro de 2020


Coronavírus: o que é, causas, sintomas, tratamento e prevenção

O coronavírus tem sido um dos assuntos mais comentados no mundo inteiro, principalmente após a confirmação de diversos quadros de infecção ao redor do mundo. No entanto, de acordo com a OMS e o Ministério da Saúde, não há motivo para pânico geral. Por isso, separamos algumas recomendações importantes sobre o assunto.

O que é o novo coronavírus?

Trata-se de um vírus que afeta a região respiratória através da contaminação causada pelo agente coronavírus. O coronavírus faz parte de uma imensa família viral que, desde meados da década de 60, segue causando infecções de cunho respiratório em seres humanos e em alguns animais.

Normalmente, as infecções causadas pelo coronavírus geram doenças respiratórias de leves a moderadas, que se assemelham a um resfriado comum. De acordo com o Ministério da Saúde, existe ainda uma parcela do coronavírus capaz de causar doenças mais graves como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada no ano de 2002, além da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada há 8 anos.

Como é a transmissão do novo coronavírus?

Após os recentes casos do novo coronavírus diagnosticados na China, as organizações de saúde ainda se encontram em meio ao processo de averiguar o processo de transmissão como um todo. No entanto, sabe-se que a disseminação do vírus acontece de pessoa para pessoa, ou seja, através do contato. Ainda segundo o Ministério da Saúde, este tipo de transmissão pode acontecer de maneira continuada.

É importante lembrar que existem determinados vírus com uma alta progressão de contágio, tal como o sarampo ou ebola, por exemplo, já outros que possuem uma taxa bem menor. Todavia, ainda não está claro identificar a facilidade de disseminação do novo coronavírus de pessoa para pessoa. Apesar disso, o contágio costuma acontecer através do ar ou pelo contato com secreções de pessoas contaminadas, como:

  • espirro;
  • tosse;
  • gotículas de saliva;
  • catarro;
  • contato pessoal (toque ou aperto de mãos);
  • contato com utensílios ou superfícies contaminadas, seguido de um contato com cavidades como nariz, boca ou olhos.

 

É válido dizer que os coronavírus apresentam um tipo de transmissão menos intenso comparado ao vírus da gripe, o que, de certa forma, reduz o risco de disseminação mundial. Outra informação importante é que o vírus pode apresentar um período de incubação de duas semanas antes dos primeiros sintomas aparecerem.

Quais são os sintomas do novo coronavírus?

Os sintomas clínicos do novo coronavírus são sumariamente de cunho respiratório, semelhantes a um resfriado comum. Todavia, eles podem variar para uma infecção do trato respiratório inferior, tal como as pneumonias.

Este são os principais sintomas:

  • tosse;
  • febre;
  • dificuldade de respirar.

Como se dá o diagnóstico do novo coronavírus?

O diagnóstico do novo coronavírus acontece através da coleta de materiais respiratórios com determinada probabilidade de aerossolização (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Torna-se necessária a coleta de duas amostras caso o paciente esteja sob suspeita do coronavírus. A partir de então, as amostras são encaminhadas para análise.

Em casos mais graves, os pacientes precisam ser encaminhados a um Hospital de referência para que seja feito o isolamento e tratamento do quadro. Já nos casos leves, o acompanhamento deve ser feito pela Atenção Primária em Saúde (APS) com a instituição de medidas de precaução domiciliar.

Como acontece o tratamento do novo coronavírus?

Segundo o Ministério da Saúde, ainda não existe um tratamento específico para as infecções provocadas pelo coronavírus humano. Falando mais especificamente sobre o novo coronavírus, a indicação é que a pessoa diagnosticada fique em repouso e consuma bastante água, além de outras medidas adotadas para o alívio dos sintomas, de acordo com cada caso. Outras recomendações médicas podem ser:

  • Utilização de medicamentos para controle da dor e febre (analgésicos e antitérmicos);
  • Uso de umidificadores nos ambientes (quarto, sala) ou tomar banho de água quente para ajudar a aliviar a dor de garganta e a tosse.

 

Atenção! Logo após o aparecimento dos primeiros sintomas, é importante a pessoa procurar uma ajuda médica imediatamente para que haja a confirmação do diagnóstico e início do tratamento.

Coronavírus: o que é, causas, sintomas, tratamento e prevenção
Coronavírus: detecção, diagnóstico, precaução (foto: reprodução Ministério da Saúde).

Como se prevenir do novo coronavírus?

O Ministério da Saúde divulgou algumas orientações básicas para a redução do risco geral de contração ou transmissão de infecções respiratórias agudas, e isso inclui o novo coronavírus. Entre as medidas estão:

  • evitar contato com pessoas que sofram de infecções respiratórias agudas ou que apresentam sintomas ou sinais da doença;
  • lavar as mãos com frequência, principalmente após o contato direto com pessoas doentes ou com superfícies em geral;
  • fazer uso de um lenço descartável para higiene nasal;
  •  tapar a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
  • realizar a higiene das mãos após tossir ou espirrar;
  • não realizar o compartilhamento de objetos de uso pessoal (pratos, talheres, copos etc.);
  • evitar ambientes fechados e sem ventilação;
  • evitar o contato próximo com animais doentes ou mesmo selvagens em fazendas ou criações;
  • aos profissionais de saúde, deve-se atentar para as medidas de precaução padrão, de gotículas e de contato (luvas, máscaras de cirurgia, avental não estéril, óculos de proteção).

 

O Ministério da Saúde recomenda ainda a utilização da precaução por aerossóis, incluindo o uso da máscara N95, no caso da realização de procedimentos que incluam aerossolização de secreções respiratórias como aspiração de vias aéreas, intubação ou indução de escarro.

Como um caso suspeito do novo coronavírus é definido?

Para que um indivíduo seja considerado como suspeito de ter o coronavírus, ele precisa se enquadrar em um critério clínico, que inclui febre acompanhada de sintomas respiratórios, além de duas situações específicas, são elas:

  • Ter revelado contato próximo com um suspeito ou diagnóstico confirmado;
  • Ter feito alguma viagem nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas para alguma região de transmissão detectada (cidade de Wuhan).

Como diferenciar uma gripe comum do novo coronavírus?

Inicialmente, não existe uma diferença clara entre os sinais e sintomas de um quadro de infecção do novo coronavírus e uma infecção por outros vírus. Por isso, é importante ter atenção às áreas de transmissão local. Todas as pessoas com a apresentação dos sintomas e que tenham viajado para Wuhan são consideradas suspeitas de terem contraído o coronavírus.

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Coronavírus no mundo.

Como proceder caso eu tenha que viajar para China?

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ainda não apresentou suspeita confirmada do novo coronavírus no país – pelo menos até hoje. No entanto, os cuidados precisam e devem ser tomados. E não há nenhuma recomendação direta para quem teve contato com pessoas que estiveram na China.

As áreas e perímetros de transmissão local são constantemente atualizados e disponibilizados no site oficial do Ministério da Saúde. O órgão também realizou a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE), que tem como objetivo preparar a rede pública de saúde para atender os possíveis casos no Brasil.

Fonte: Ministério da Saúde

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