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Publicado em: 14 de fevereiro de 2022


Alergia Alimentar: você sabe o que é?

Diferente do que muita gente acredita, alergia alimentar e intolerância alimentar são transtornos distintos. Embora ambos possuam sintomas similares, são problemas diferentes com causas e tratamentos diferentes. Nos casos de intolerância, o organismo apresenta dificuldade na digestão do alimento ou nutriente, já nos casos alérgicos, o sistema imunológico reage e busca combater determinado tipo de alimento como se fosse um agente agressor.

Como funciona a alergia alimentar?

Por definição, a alergia alimentar é uma resposta anormal do sistema imunológico, que acontece após uma reação adversa e exagerada do organismo devido o contato com determinados alimentos ou aditivos alimentares. As reações podem ocorrer de forma imediata ou após passado certo período de tempo e variam entre leves, moderadas ou bastante graves.

Os sintomas da alergia alimentar também variam, podendo incluir:

  • coceiras;
  • dermatite atópica;
  • tosse;
  • refluxos;
  • vômitos;
  • diarreia;
  • congestão nasal;
  • inchaço e/ou dores abdominais;
  • anafilaxia (nos casos mais críticos).

Alimentos x alergia alimentar

Qualquer alimento tem potencial de causar reações em pessoas alérgicas ou pré-dispostas, no entanto, existem alguns em específico que, juntos, são responsáveis por cerca de 90% de todas as reações alérgicas do planeta. Dentre eles, temos:

  • leite de vaca;
  • peixes e frutos do mar;
  • frutas secas;
  • cereais;
  • oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes e amêndoas);
  • ovos.

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Testes para detecção da alergia alimentar

É necessário a realização de testes alergênicos para que seja diagnosticada a alergia alimentar. Existem, hoje, métodos e testes variados para constatá-las no indivíduo. Dentre eles, temos:

  1. Teste de puntura: O procedimento é realizado através de uma leve picada (puntura ou “prick”) e gotas dos alérgenos pingadas no antebraço do paciente. Caso surja algum tipo de elevação avermelhada na pele, o resultado é positivo.
  2. Teste de provocação: É feito sobre o local que estiver apresentando a reação alérgica, pegando uma amostra da substância causadora da alergia.
  3. Teste molecular: Feito através das proteínas um único tipo de alérgeno, que atuam para detectar uma quantidade exata dos anticorpos IgE.
  4. Teste de contato: Normalmente utilizado para detectar alergias da pele, o exame considera aplicar quantidades de reagentes na pele limpa (geralmente nas costas).
  5. Teste de IgE total: A partir de uma pequena quantidade de sangue, os níveis de anticorpos e as imunoglobulinas da classe E (IgE) são medidas e comumente associadas à parasitose e/ou alergia. Por isso a importância de se medir os níveis.
  6. Teste IgE específico: Feito a partir de uma amostra de sangue que é testada juntamente com alérgenos específicos.

Como tratar a alergia alimentar?

Uma vez que alguma reação for detectada e diagnosticada pelo médico, o único tratamento é uma dieta rigorosa de exclusão do alimento específico, onde é recomendada a leitura cuidadosa dos rótulos de alimentos para que não haja o consumo acidental de algum alimento alergênico.

Existem alguns medicamentos que são utilizados para aliviar os sintomas quando ocorre uma ingestão acidental, todavia, esses medicamentos não são capazes de tratar a alergia ou eliminar a necessidade da dieta. As reações costumam desaparecer de maneira espontânea, respondendo aos anti-histamínicos (antialérgicos). Já os pacientes com reações mais graves, precisam receber um atendimento de emergência para que o profissional possa orientar os medicamentos específicos para o alívio dos sintomas, pois o indivíduo também corre o risco de ter uma segunda reação horas depois.

Esse tipo de alergia pode se manifestar em qualquer idade ou fase da vida, no entanto, é mais comum entre as crianças. Pessoas que possuem familiares com asma, urticária e outras alergias são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento do transtorno, assim como asmáticos, crianças e bebês.

Fonte: Ministério da Saúde

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