Varíola dos macacos (Monkeypox): O que você precisa saber
O número de casos da varíola dos macacos ou Monkeypox, como também é conhecida, tem aumentado e muito nos últimos meses, deixando um alerta mundial. Por conta disso, a fim de garantir um melhor entendimento acerca do assunto, esclarecer possíveis dúvidas e desmentir falsas informações que vêm sendo compartilhadas frequentemente, é importante ressaltar as medidas de proteção e prevenção recomendadas, bem como os sintomas da doença, suas formas de transmissão e os métodos viáveis de tratamento.
Como a varíola dos macacos pode ser transmitida?
Pessoas com varíola dos macacos podem transmitir a doença enquanto apresentam sintomas, normalmente entre duas e quatro semana após o contágio. Por ser uma doença viral, a varíola dos macacos é transmitida através do contato direto com as lesões de pessoas infectadas. A erupção cutânea (exantema), os fluidos corporais (tais como fluido, pus ou sangue de lesões cutâneas) e as crostas são particularmente infecciosos. Além disso, a transmissão também acontece via secreções respiratórias ou pelo contato com objetos, superfícies, roupas, lençóis ou toalhas utilizadas por pessoas contaminadas.
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem transmitir a doença. Isso significa que o vírus pode se propagar através da saliva. Por isso, as pessoas que têm contato próximo com alguém doente, incluindo profissionais da saúde, membros de residência e parceiros sexuais possuem um maior risco de infecção.
Não existem informações concretas de que pessoas sem sintomas consigam propagar a doença. Já o período de incubação do vírus geralmente acontece dentro de seis a treze dias, podendo variar de 5 até 21 dias. O vírus também pode ser transmitido da mãe para o feto a partir da placenta, ou de um pai infectado para seu filho após o nascimento através do contato da pele.
De acordo com dados científicos, é provável que indivíduos vacinados contra a varíola tenham alguma proteção contra a varíola dos macacos. Todavia, após o decreto da erradicação da doença em 1980, pessoas mais novas podem não possuir a imunidade advinda da vacina. E mesmo pessoas vacinadas precisam sim adotar táticas de prevenção contra a varíola dos macacos, para se proteger e protegerem os demais.
Como posso me proteger da varíola dos macacos?
A principal proteção é reduzindo o contato com pessoas que estão sob suspeita da doença ou que já foram confirmadas com a varíola dos macacos.
Ao precisar se aproximar fisicamente de alguém que esteja com a doença, você e a pessoa doente devem utilizar uma máscara de proteção, principalmente se ela possuir lesões na boca ou apresentar tosse. Evite o contato pele com pele sempre que possível e use luvas descartáveis se precisar ter algum contato direto com as lesões. Procure utilizar luva e máscara ao tocar roupas, roupas de cama caso a pessoa infectada não possa manuseá-los.
Lavar as mãos também é de grande importância ou mesmo a utilização do álcool em gel, principalmente após contato com pessoas ou superfícies infectadas. Lave as roupas, toalhas, lençóis e utensílios de alimentação da pessoa infectada com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados (curativos, por exemplo) de forma adequada.
São considerados casos de risco pacientes imunossuprimidos, com doenças autoimunes, gestantes e crianças menores de 8 anos.
Risco de transmissão
Maior Risco:
Contato direto com lesões de pele, crostas (casquinhas) e fluidos corporais;
Contato sexual ou íntimo (importante lembrar que a camisinha não previne a transmissão de Monkeypox).
Risco Aumentado:
Beijar;
Contato pele com pele;
Estar em um ambiente fechado com muitas pessoas sem camisa, ou não completamente vestidas.
Risco intermediário:
Compartilhar bebidas, talheres e utensílios;
Compartilhar a cama, toalhas e itens de higiene;
Estar em um ambiente fechado com pessoas completamente vestidas.
Risco baixo (improvável):
Estar em um ambiente externo com gente completamente vestida;
Transmissão em ambiente de trabalho;
Experimentar roupas em lojas;
Encostar em maçanetas;
Viajar em transporte público;
Em piscinas, banheira, rios, mar e cachoeiras;
Em banheiro público;
No supermercado, bar ou academia (via equipamentos).
Quais são os sintomas da varíola dos macacos (Monkeypox)?
Os sintomas iniciais geralmente incluem febre, dores musculares e na cabeça, linfonodos inchados, calafrios e fadiga. E passados cerca de 3 dias após o início dos sintomas, a doença causa erupções cutâneas por todo o corpo (rosto, mãos, pés, olhos, bocas ou genitais) que podem ser desconfortáveis, dolorosas e causar coceiras.
O que devo fazer se achar que estou com a doença?
Ao identificar possíveis sintomas ou mesmo se teve contato próximo com alguém infectado com a varíola dos macacos, faça contato com um atendimento de saúde para avaliação, aconselhamento e assistência médica. Se possível, tente se isolar e evite o contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e adote as medidas de prevenção indicadas acima.
Como tratar a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é causada pelo vírus Monkeypox, que por sua vez provoca uma doença mais branda que a varíola dos humanos, causada pelo vírus Smallpox, que foi erradicada na década de 80 graças a uma campanha de vacinação em massa – Inclusive, foi observado que esta mesma vacina para varíola tradicional apresenta cerca de 85% de eficácia para a prevenção da varíola dos macacos. Contudo, não existe vacina o suficiente para toda a população, e tão pouco a OMS enxerga que tal medida é necessária no momento.
No mais, não existe um tratamento específico; os quadros clínicos costumam ser leves e, portanto, a doença pode e vem sendo tratada com cuidados regulares e de forma conservadora. Apenas especialistas recomendam lavar e secar as feridas de maneiras cuidadosa ou, se possível, cobrindo-as com algum curativo para proteger a área, se necessário. Evite também tocar em qualquer ferida na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser utilizados desde que sejam livres de cortisona.
Proteja-se e cuide-se no Plural!
Fonte: Ministério da Saúde/OMS/ CDC/NBC Chicago/Nações Unidas Brasil
Quando um novo ano começa, muitos de nós nos concentramos em metas como economizar dinheiro, fazer exercícios ou viajar mais. Mas será que damos a mesma atenção à nossa saúde mental? A campanha Janeir...
A vacinação é um ato individual, mas que tem consequências poderosas no coletivo. Ela é um dos pilares mais importantes da saúde pública. Quando você opta por vacinar, está não só protegendo a si mesm...
O envelhecimento é um processo natural da vida, e garantir uma boa qualidade de vida para os idosos é essencial para que essa fase seja vivida de maneira plena e saudável. Com o aumento da expectativa...
O dia internacional de combate às drogas, celebrado em 26 de junho, busca conscientizar sobre os desafios e as soluções relacionadas ao uso indevido de substâncias que é um problema que afeta indivídu...