Coronavírus (COVID-19) x Vacina: O que sabemos até agora
Atualmente, com mais de 10,5 milhões de infectados, há uma grande corrida global em busca de uma vacina que imunize contra o coronavírus. Até o momento, existem algumas consideradas pela Organização Mundial da Saúde como promissoras, sendo a da universidade de Oxford, em estágio mais adiantado.
Diante dessas novas atualizações, esse texto busca informar o mais relevante sobre as possíveis vacinas.
Quais são as fases de desenvolvimento de uma vacina?
Fase laboratorial: Inclui a identificação do agente causador da doença e a avaliação das moléculas para definir a composição da vacina;
Fase pré-clínica (testes em animais): Os testes, normalmente, se iniciam em camundongos transgênicos com intuito de comprovar os dados da experimentação in vitro;
Fase clínica (teste em humanos): A primeira fase de testes em humanos é realizado por um grupo de voluntários sadios, para avaliar a segurança da vacina. A segunda com centenas de voluntários, incluindo grupos de risco, para identificar, também, a eficácia. Na última, são feitos milhares de testes para identificar a eficácia em condições naturais;
Fabricação: Produção, em larga escala, com controle de qualidade e acompanhamentos.
Normalmente, uma vacina leva décadas até chegar em sua utilização eficaz e segura em humanos, porém, diante da gravidade da situação e o investimento de grandes potencias econômicas nas pesquisas, os cientistas acreditam que a vacina para a imunizar contra o coronavírus fique pronta em um ano.
São mais de 200 vacinas candidatas contra a Covid-19, sendo que 17 já entraram em fase de teste em humanos, dentre elas temos a:
Vacina de Oxford
A vacina mais adiantada, até o momento, é uma parceria de universidade de Oxford, no Reino Unido, com a farmacêutica AstraZeneca. Chamada de “ChAdOx1 nCoV-19”, a vacina está na terceira fase de testes em humanos. Até a aprovação serão testadas 50 mil pessoas entre 18 e 55 anos, em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil. A intenção é anunciar os resultados até setembro e, ao serem aprovadas, entregar as vacinas em outubro.
A vacina foi desenvolvida a partir de um adenovírus que, ao entrar em contato com o corpo humano, aumenta a produção de anticorpos e outras células de defesa.
BioNTech e Pfizer
No dia primeiro de julho, as empresa BioNTech junto com a farmacêutica Pfizer anunciaram que a primeira fase de testes em humanos da sua vacina foram promissoras. Os estudos apontam que duas dosagens da vacina “BNT162b1”, tomadas com um intervalo de três semanas, foram testadas em 24 voluntários saudáveis e, após 28 dias, os níveis de anticorpos contra a doença estavam em níveis mais altos do que em pessoas que infectadas. Alguns voluntários apresentaram febre leve em resposta à vacina.
A Pfizer também anunciou que, ao ser aprovada regularmente, a intenção é fabricar 100 milhões de doses até o fim de 2020 e, possivelmente, 1,2 bilhões até o final de 2021.
A vacina utiliza como base o mRNA contra influenza evitar as consequências do coronavírus no organismo.
Assim como as empresas citadas acima, a gigante farmacêutica Johnson & Johnson e a empresa de biotecnologia Moderna anunciaram avanços rápidos nas pesquisas. A Johnson & Johnson, diante o resultados positivos dos testes em animais, antecipou para o inicio de julho a primeira fase de testes em humanos, enquanto a Moderna, em parceria com o instituto nacional de alergias e doenças infecciosas dos Estados Unidos começará, no mesmo período, a terceira fase de testes clínicos, envolvendo 30 mil voluntários.
Produção da vacina no Brasil
No caso da vacina de Oxford, a farmacêutica AstraZeneca fez uma parceria com a Fiocruz onde, após a aprovação, serão enviadas insumos e tecnologia de formulação, em caráter emergencial, para a produção da vacina aqui no país. Serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira, divididas em fases. Na primeira, serão enviadas 30,4 milhões de doses entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Até o momento, esse é o único acordo firmado com o governo brasileiro, porém o Ministério da Saúde afirmou que acompanha outros 16 estudos, e que o país poderá fazer mais acordos, se necessário.
Quem receberá a vacina primeiro?
A partir do momento que for liberada a vacinação, o Ministério da Saúde realizará campanhas priorizando os mais vulneráveis como idosos, profissionais da saúde, pessoas com comorbidades, professores, profissionais de segurança, indígenas, motoristas de transporte público e pessoas privadas de liberdade.
Sendo assim, as notícias indicam que em breve teremos uma possível solução para a pandemia que parou diversos países durante o primeiro semestre de 2020. Até lá, é importante ressaltar que ainda é essencial manter a higienização, principalmente das mãos com frequência, usar máscara e evitar aglomerações.
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