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Publicado em: 6 de abril de 2020
Autismo: O que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
No dia 2 de abril, acontece o Dia da Conscientização Sobre o Autismo, um transtorno do neurodesenvolvimento, normalmente identificado nos primeiros anos de vida, e que não afeta somente a aparência física do paciente, mas, principalmente, a comunicação, relacionamento social e o aprendizado.
Diante da importância do assunto, o texto a seguir abrange os principais tópicos sobre a doença.
Níveis de autismo
Em níveis mais altos, o tratamento provavelmente durará a vida toda. São essas as pessoas que apresentam atraso mental e pouca interação, reproduzindo apenas repetições de movimentos. Em casos médios, o paciente já é capaz de se comunicar, com alguma dificuldade. Já nos casos mais leves, é possível estudar e trabalhar, inclusive, muitos pacientes de alta funcionalidade, ou seja, com sintomas leves, desenvolvem habilidades notáveis em áreas especificas como artes ou matemática.
O que causa o autismo?
As causas do autismo são pouco conhecidas, mas especialistas sabem que ela é mais comum no sexo masculino do que no feminino e acreditam que esteja relacionada com uma predisposição genética ou até mesmo com fatores externos como poluição, ambiente em que vive, alguma infecção ou doença, como a rubéola, ou desordens metabólicas da mãe durante a gravidez.
O risco de seu desenvolvimento ainda é maior em casos de nascimento prematuro ou idade avançada dos pais.
Sintomas do autismo
A identificação do autismo pode ocorrer ainda recém nascido ou em bebês que apresentam atitudes como:
choro ininterrupto
incômodo com sons normais
não se assustar com sons altos
evitar o contato visual com a mãe
evitar chamados, como se não estivesse ouvindo
sem desenvolvimento da fala
apatia
agressividade
inquietação
ansiedade
problema de coordenação
dificuldade de aceitar brinquedos ou alimentos novos
repetição de movimentos com o tronco, mão ou cabeça
Prevenção do autismo
Como a causa não é comprovada, as opções de prevenção são limitadas e não garantem 100% de efetividade, mas o indicado é que as gestantes evitem locais com maior taxa de poluição e produtos tóxicos, como bebidas alcoólicas. Além disso, é importante se vacinar para evitar as possíveis infecções – daí a importância de ter a carteira de vacinação em dia.
O risco também pode ser diminuído com o consumo de vitaminas pré-natais que contenham ácido fólico, antes e durante a gravidez.
Diagnóstico para autismo
Já que não existem testes laboratoriais que comprovem, o diagnóstico pode ser feito por meio de uma Entrevista Diagnóstica para Autismo Revisada (ADIR), Programa de Observação Diagnóstica do Autismo (ADOS), Escala de Classificação do Autismo em Arianças (CARS), Escala de Classificação do Autismo de Gilliam ou Teste de Triagem para Transtornos Invasivos do Desenvolvimento.
Após uma dessas avaliações, o médico realiza uma comparação entre suas observações com os relatos do caso, sendo esses comparados com os estudos de diagnóstico sobre transtornos mentais e a classificação internacional da OMS para enquadrar a condição. Além disso, a criança deve passar por um teste genético, para saber se há alguma predisposição, de forma que a doença possa ter herança familiar.
O diagnóstico do autismo normalmente é feito por volta dos 2 ou 3 anos de idade, que é quando os sintomas ficam mais evidentes, porém pode ser feito antes ou depois, dependendo da gravidade.
Tratamento do autismo
O tratamento para o autismo envolve diferentes setores da área médica como tratamento psicológico, fisioterápico, pedagógico, neurológico e fonoaudiológico, visando a melhora, principalmente, da independência do paciente. E quanto mais cedo o tratamento for iniciado, as chances de resposta positiva aumentam. O tratamento normalmente inclui jogos, exercícios de comunicação e manutenção de novas habilidades.
Em casos mais graves, pode ser indicado o uso de medicamento, não para tratamento direto, mas para o controle da agressividade, insônia, hiperatividade, ansiedade e depressão, que podem vir junto com o autismo.
Além disso, é essencial a presença e o auxílio dos pais, já que o contexto familiar ajuda no aprendizado e traz grandes benefícios. Para esses, também pode ser recomendado o acompanhamento psicológico diante o desgaste emocional que o distúrbio pode provocar.
Fonte: Fiocruz/Autismo Realidade/ Ministério da Saúde
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